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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

S. FRANCISCO DE SALES, BISPO DE GENEBRA, DOUTOR DA IGREJA, FUNDADOR DA ORDEM DA VISITAÇÃO, PADROEIRO DA IMPRENSA CATÓLICA

S. Francisco de Sales, Francisco Bayeu y SubìasS. Francisco de Sales, Francisco Bayeu y Subìas 
Francisco nasceu em Thorens-Glières, França, em uma nobre e antiga família de Barões de Boisy, na província de Savoia. Estudou nos melhores colégios franceses e, para satisfazer o sonho de seu pai de seguir a profissão de Jurisprudência, estudou Direito na Universidade de Pádua, onde amadureceu certo interesse pela teologia. Ao formar-se, com o máximo das notas, regressou à França, em 1592, onde se escreveu na Ordem dos Advogados. Porém, seu grande desejo era ser padre, tanto que, no ano seguinte, em 18 de dezembro, foi ordenado sacerdote, com 26 anos de idade. Três dias depois, celebrou sua Primeira Missa. Nomeado arcipreste do Capítulo da Catedral de Genebra, Francisco manifestou seus dons zelo e caridade, diplomacia e equilíbrio.
Com o agravar-se do Calvinismo, ofereceu-se como voluntário para evangelizar a região de Chablais. Nas suas pregações, em busca do diálogo, depara-se com portas fechadas, neve, frio, fome, noites ao relento, emboscadas, insultos e ameaças. Então, aprofundou a doutrina de Calvino, para compreendê-la melhor e explicar as diferenças com o credo católico. Ao invés de recorrer só à pregação e ao debate teológico, criou um sistema de publicação, ou seja, fixar em lugares públicos ou levar de porta em porta folhetos impressos, com a explicação das verdades da fé, de modo simples e eficaz. As conversões não foram muitas, mas cessaram as hostilidades e os preconceitos contra o catolicismo.
A seguir, Francisco estabeleceu-se em Thonon, capital de Chablais, onde se dedicou, entre outras coisas, às visitas aos enfermos, às obras de caridade e aos encontros pessoais com os fiéis. Depois, pediu sua transferência para Genebra, cidade símbolo da doutrina Calvinista, com o desejo de atrair muitos fiéis para a Igreja católica.

Episcopado em Genebra e encontro com Francisca de Chantal

Em 1599, Francisco foi nomeado Bispo coadjutor de Genebra e, após três anos, a diocese passou completamente sob seus cuidados, com sede em Annecy. Ali, entregou-se totalmente, sem reservas: visitas às paróquias, formação do clero, reorganização dos mosteiros e conventos, maior dedicação à pregação, às catequeses e às iniciativas para os fiéis; com seu catecismo em forma de diálogo e sua perseverança e doçura na direção espiritual, conseguiu várias conversões.
Em março de 1604, durante uma pregação quaresmal em Dijon, conheceu Joana Francisca Fremyot de Chantal, com a qual instaurou uma grande amizade e uma profunda direção espiritual epistolar. Em 1608, dedicou-lhe um livro intitulado Filotea ou Introdução à vida devotaFilotea era o nome ideal de quem ama ou quer amar a Deus. Francisco escreveu este volume para resumir, em modo conciso e prático, os princípios da vida interior e ensinar a amar a Deus, com todo o coração e com todas as forças, na vida diária. Sua intenção era dar uma formação, plenamente cristã, a quem vivia no mundo e tinha tarefas civis e sociais. Esta sua obra teve um grande sucesso!

Fundação da Congregação da Visitação

A longa e intensa colaboração entre Francisco e Joana produziu grandes frutos espirituais, entre os quais a fundação da Congregação da Visitação de Santa Maria, em 1610, em Annecy, com a finalidade de visitar e socorrer os pobres.
Oito anos mais tarde, a Congregação tornou-se Ordem Contemplativa e as monjas foram chamadas Visitandinas. Francisco escreveu suas Constituições, inspiradas na regra de Santo Agostinho. No entanto, Joana de Chantal acrescentou-lhe a determinação de que as religiosas se dedicassem também à educação e instrução das crianças, especialmente de famílias abastadas.
Em 1616, Francisco escreveu Teotimo ou Tratado do amor de Deus, uma obra de extraordinário conteúdo teológico, filosófico e espiritual, como uma longa carta ao amigo “Teotimo” sobre a vocação essencial de cada homem: “viver é amar”. O texto indicava os melhores meios para um encontro pessoal com Deus.
Francisco de Sales faleceu no dia 28 de dezembro de 1622, em Lyon, com a idade de 52 anos. No ano seguinte, seus restos mortais foram trasladados para Annecy.

O Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais: respirar a verdade das histórias boas


Jovens nigerianos
O Santo Padre dedicou a mensagem deste ano ao tema da narração. "Na confusão das vozes e mensagens que nos rodeiam, temos necessidade duma narração humana, que nos fale de nós mesmos e da beleza que nos habita", ressalta o Papa no texto.
Cidade do Vaticano
Foi divulgada, nesta sexta-feira (24/01), memória de São Francisco de Sales, a mensagem do Papa Francisco para o 54° Dia Mundial das Comunicações Sociais intitulada «“Para que possas contar e fixar na memória” (Ex 10, 2). A vida faz-se história». O Dia Mundial das Comunicações Sociais será celebrado em 24 de maio próximo.
O Santo Padre dedicou a mensagem deste ano ao tema da narração. Segundo ele, “para não nos perdermos, precisamos respirar a verdade das histórias boas: histórias que edifiquem, e não as que destroem. Histórias que ajudem a reencontrar as raízes e a força para prosseguirmos juntos. Na confusão das vozes e mensagens que nos rodeiam, temos necessidade duma narração humana, que nos fale de nós mesmos e da beleza que nos habita; uma narração que saiba olhar o mundo e os acontecimentos com ternura, conte a nossa participação num tecido vivo, revele o entrançado dos fios pelos quais estamos ligados uns aos outros”.  
Ouça a reportagem

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2020/01/24/14/135448801_F135448801.mp3

Tecer histórias

Segundo o Papa, “o homem é um ente narrador. As narrativas marcam-nos, plasmam as nossas convicções e comportamentos, podem nos ajudar a compreender e dizer quem somos. O homem não só é o único ser que precisa de vestuário para cobrir a própria vulnerabilidade mas também o único que tem necessidade de narrar-se a si mesmo, «revestir-se» de histórias para guardar a própria vida. O homem é um ente narrador, porque descobre-se e enriquece-se com as tramas dos seus dias. Mas, desde o início, a nossa narração está ameaçada: na história, serpeia o mal”.

Nem todas as histórias são boas

“Mas, enquanto as histórias utilizadas para proveito próprio ou ao serviço do poder têm vida curta, uma história boa é capaz de transpor os confins do espaço e do tempo: à distância de séculos, permanece atual, porque nutre a vida. Ocorre paciência e discernimento para descobrirmos histórias que nos ajudem a não perder o fio, no meio das inúmeras lacerações de hoje; histórias que tragam à luz a verdade daquilo que somos, mesmo na heroicidade oculta do dia a dia.”

A História das histórias

“A Sagrada Escritura é uma História de histórias. Quantas vicissitudes, povos, pessoas nos apresenta! Desde o início, mostra-nos um Deus que é simultaneamente criador e narrador. Deus, através deste seu narrar, chama à vida as coisas e, no apogeu, cria o homem e a mulher como seus livres interlocutores, geradores de história juntamente com Ele”, ressalta Francisco na mensagem. “Não nascemos perfeitos, mas necessitamos de ser constantemente «tecidos» e «recamados». A vida nos foi dada como convite a continuar a tecer a «maravilha estupenda» que somos. Neste sentido, a Bíblia é a grande história de amor entre Deus e a humanidade. No centro, está Jesus: a sua história leva à perfeição o amor de Deus pelo homem e, ao mesmo tempo, a história de amor do homem por Deus. Assim, o homem será chamado, de geração em geração, a contar e fixar na memória os episódios mais significativos desta História de histórias: os episódios capazes de comunicar o sentido daquilo que aconteceu. Jesus falava de Deus, não com discursos abstratos, mas com parábolas, breves narrativas tiradas da vida de todos os dias. Aqui a vida se faz história e depois, para o ouvinte, a história se faz vida: tal narração entra na vida de quem a escuta e a transforma.”

Uma história que se renova

“A história de Cristo não é um patrimônio do passado; é a nossa história, sempre atual. Depois que Deus Se fez história, toda a história humana é, de certo modo, história divina. Cada história humana tem uma dignidade incancelável. Por isso, a humanidade merece narrações que estejam à sua altura, àquela altura vertiginosa e fascinante a que Jesus a elevou. Cada um de nós conhece várias histórias que perfumam de Evangelho: testemunham o Amor que transforma a vida. Estas histórias pedem para ser partilhadas, contadas, feitas viver em todos os tempos, com todas as linguagens, por todos os meios.”

Uma história que nos renova

O Papa conclui a mensagem, frisando que “em cada grande história, entra em jogo a nossa história. Ao mesmo tempo que lemos a Escritura, as histórias dos Santos e outros textos que souberam ler a alma do homem e trazer à luz a sua beleza, o Espírito Santo fica livre para escrever no nosso coração, renovando em nós a memória daquilo que somos aos olhos de Deus. Quando fazemos memória do amor que nos criou e salvou, quando colocamos amor nas nossas histórias diárias, quando tecemos de misericórdia as tramas dos nossos dias, nesse momento estamos mudando de página. Já não ficamos atados a lamentos e tristezas, ligados a uma memória doente que nos aprisiona o coração, mas, abrindo-nos aos outros, abrimo-nos à própria visão do Narrador. Com o olhar do Narrador, o único que tem o ponto de vista final, aproximamo-nos depois dos protagonistas, dos nossos irmãos e irmãs, atores juntamente conosco da história de hoje. Sim, porque ninguém é mero figurante no palco do mundo; a história de cada um está aberta a possibilidades de mudança. Confiemo-nos a uma Mulher que teceu a humanidade de Deus no seio e, diz o Evangelho, teceu tudo o que Lhe acontecia. A Virgem Maria tudo guardou, meditando-o no seu coração. Peçamos ajuda a Ela, que soube desatar os nós da vida com a força suave do amor.”